Senhor Presidente da Comissão Europeia
Caro José Manuel Durão Barroso,
Não sei se as vozes dos trolhas chegam ao Palácio de Berlaymont (edifício sede da Comissão Europeia) mas em todo o modo, imitando o gesto de uma tal Jennifer, desempregada, que escreveu ao Presidente Obama e recebeu deste uma resposta personalizada e com uma bonita caligrafia, estou a escrever-te esta carta aberta (pois é impossível fechar o post dentro de um envelope).
Fomos colegas de escola. Convivemos. Pouco mas convivemos. Claro que tu sentavas-te nas filas da frente do amplo anfiteatro e eu nas filas de trás. Por isso, eu sou trolha e tu Presidente da Comissão Europeia. Teias que a vida tece. Cada um é para o que nasce. Mas se és um homem realizado e feliz como Presidente da Comissão Europeia eu sou um homem realizado e feliz como trolha. VOILÁ!
A razão porque estou a escrever-te é a seguinte: diz-se por aí, mas se for mentira tu desmente, que a Comissão Europeia dá mais apoios, via orçamento comunitário, ao sector nuclear do que às energias renováveis, nomeadamente à eólica e à solar fotovoltaica.
Ora, o peso do nuclear na produção eléctrica está em franco declínio e as perspectivas futuras são no mesmo sentido (em 2008, a electricidade de fonte nuclear produzida no mundo era cerca de 16% do total e, em 2020, pensa-se que será inferior a 10% da produção mundial). Pelo contrário, o peso real das energias renováveis na produção total de electricidade tem vindo a aumentar de forma consistente nos últimos anos.
Não me parece lógico, justo e economicamente sustentável a utilização de recursos de todos nós (cidadãos europeus) para apoiar mais a electricidade com sinal menos e menos a electricidade com sinal mais. Mas pior do que isso seria a Comissão Europeia ligar-se à terra e ficar neutra.
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER! SEMPRE.
Um abraço, pá.
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