João Manso Neto, administrador da EDP, afirma que "
as centrais (térmicas a carvão) têm de ser pagas por aquilo que garantem e não a preços de mercado".
Com a crescente produção de electricidade através de fontes renováveis, as centrais térmicas, nomeadamente as centrais térmicas a carvão, funcionam como meros centros produtores de reserva de electricidade, isto é, servem para manter a carga na rede na ausência de vento.
Reconhecem os responsáveis da EDP que, actualmente, com a potência instalada em energia eólica complementada com a energia eléctrica das barragens, muitas delas reversíveis, a tendência é para um funcionamento intermitente e cada vez menor das centrais térmicas a carvão (
v.g. a Central a Carvão de Sines de Janeiro a Abril deste ano produziu apenas 1/3 da produção eléctrica de 2009 - ver quadro ao lado direito).
Pergunta-se: e isso é mau? Não. Isso é uma bênção caída dos céus, melhor dizendo, caída dos ventos.
As centrais térmicas a carvão são altamente poluentes e com custos ambientais incomportáveis como pode ser testemunhado pelos agricultores e proprietários de terras junto das centrais a carvão do Pego e de Sines. Grandes extensões de floresta das zonas envolventes destas centrais estão mortas como se tivessem sido atacadas por uma praga. E o que é mais grave é a aparente apatia dos municípios envolvidos na pública denúncia deste desastre ambiental.
Existem outras alternativas, também elas, economicamente interessantes e menos poluentes: os ciclos combinados a gás.