sábado, 29 de maio de 2010

Começou a guerra entre a eólica e o nuclear em Espanha

A Espanha decidiu, contrariamente às promessas eleitorais de Zapatero, prorrogar a vida útil da conhecida Central Nuclear de Almaraz (CNA), situada em Cáceres nas margens do nosso rio Tejo e, por isso, fonte de grande preocupação para Portugal .

A licença de explorarão da CNA termina no próximo dia 8 de Junho. As organizações ecologistas Adenex e Greenpeace manifestaram publicamente a sua revolta pela prorrogação da vida útil da central. Na sua opinião, a electricidade gerada pela Central Nuclear de Almaraz é absolutamente desnecessária para a região onde está situada e para Espanha, que tem já potência instalada de fontes tradicionais e renováveis mais do que suficiente para satisfazer as necessidades do país.

Além disso, a CNA está velha e apresenta com demasiada frequência problemas inesperados, considerados muito perigosos, na opinião daquelas organizações ambientalistas. E dizem mais. O Conselho de Segurança Nuclear (CSN) tem escondido da opinião pública estes dados como já é sua tradição.

A decisão tomada pelo governo espanhol é rigorosamente política e não técnica ou económica e reflecte o peso do lóby nuclear no governo de Zapatero, cujo representante máximo é o Ministro da Industria, Turismo e Comércio, Miguel Sebastián.

Actualmente, já existe em Espanha um tal excesso de potência eléctrica instalada que é possível encerrar todas as centrais nucleares do país. Este excesso está a obrigar a Rede Eléctrica Espanhola (REE) a mandar suspender a produção de energia a partir de fontes renováveis, a custo zero, para manter em funcionamento as centrais nucleares dada a sua reduzida flexibilidade para se adaptarem às variações da procura.

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