segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Custo da energia eólica
- A energia eólica saiu pelo valor médio de R$ 99,54 por MWh (megawatt/hora);
- A das térmicas a gás ficou em R$103,30;
- A das hídricas em R$102,00;
- E a da biomassa em R$102,40.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Hídrica, eólica e gás natural em concorrência, no Brasil
O leilão de energia A-3, que aconteceu na quarta-feira, 17 de Agosto, no Brasil, fechou com a negociação de 2.744,6 MW de 51 operadores, com entrada prevista em operação comercial em 2014.
A maior parte da energia negociada virá de fontes renováveis – hídrica, eólica e biomassa -, com 62%, e 38% de fonte fóssil (gás natural). Em capacidade de geração, o leilão foi amplamente dominado pelas eólicas e centrais de gás natural. As primeiras totalizaram, ao final da negociação, 44 projetos, somando 1.067 MW. Os dois projetos termelétricos a gás natural somam 1.029 MW. Já as centrais movidas a biomassa somaram 197 MW. A hidrelétrica de Jirau negociou 450 MW.
A energia eólica já compete taco a taco, no Brasil, com as outras fontes de energia. Quem disse que a energia eólica não é competitiva com as fontes tradicionais de energia?
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Energias Renováveis: a iniquidade do sistema
Fonte: http://www.leiriaeconomica.com/item6770.htm
A DGEG recebeu cerca de 7,36 milhões de Euros em contrapartidas pela segunda adjudicação de licenciamento fotovoltaico. No conjunto das duas fases, o valor total de contrapartidas financeiras rondou os 93,9 milhões de euros, por 59 lotes atribuídos (118 MW).
E depois os detractores das energias renováveis clamam que estas saem caras ao Orçamento do Estado e em última análise aos contribuintes. Mas esquecem, propositadamente ou não, que o Estado se financia desta forma ao vender licenças para a produção de energias renováveis.
Vamos ser claros, falar a verdade em nome de uma transparência que muitos querem esconder.
Energia solar fotovoltaica é o futuro
Dentro de 10 anos, a energia solar fotovoltaica poderá ser competitiva com a energia gerada a partir de combustíveis fósseis tradicionais.
Existem, actualmente, alguns constrangimentos para tornar a energia solar fotovoltaica competitiva com outras fontes de energia. É preciso melhorar, em termos de eficiência, a capacidade de transformar a luz solar em energia eléctrica. Já existem tecnologias eficientes a custos muito elevados e tecnologias baratas pouco eficientes (caso da Central Solar de Moura).
Centros de investigação em todo o mundo (Alemanha, EUA e China, pasme-se!) competem de forma sadia para melhorar a eficiência de transformar a luz solar em electricidade. E em Portugal? Além do grupo DST, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e da Escola de Engenharia da Universidade do Minho pouco mais se conhece de instituições a trabalhar nesta área de investigação.
Senhor 1.º Ministro, Dr. Passos Coelho, existem fundos comunitários para a investigação nesta área de negócio. Envide todos os esforços para ganhar mais fundos para as entidades portuguesas que fazem investigação nesta área. Atraia centros de investigação estrangeiros para celebrarem protocolos de cooperação com universidades portuguesas.
Os países do sul de Europa têm condições ímpares para produzir electricidade a partir da luz solar. Em vez de termos de adquirir a tecnologia produzida por outros porque não sermos nós a produzir e a exportar para o mundo inteiro a nossa própria tecnologia?
Energia solar fotovoltaica é o futuro. Vai dar-me razão dentro de 10 anos, Senhor 1.º Ministro.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Apocalipse Now!
O Comissário Europeu da Energia, que supostamente sabe desta matéria muito mais que os comum dos mortais, fala já em Apocalipse Now!
Depois do acidente, vêm as acusações: central nuclear obsoleta ( e isto no Japão), ocultação sistemática de problemas graves ocorridos ao longo dos anos, edificada sobre uma falha tectónica e com um deficiente sistema de refrigeração.
O mundo está preso por um fio do que vai acontecer na central nuclear de Fukushima.
sábado, 12 de março de 2011
Central nuclear explodiu no Japão
Afinal onde está a total segurança das centrais nucleares apregoada por Pintos de Sá, Miras Amarais e outros que tais? Eu, se mandasse, prendia-os a todos.
Não há dados oficiais sobre a dimensão da catástrofe mas especula-se que tenha havido fusão do núcleo do reactor. Os 4 técnicos, que trabalhavam na redução da temperatura dos reactores da central a fim de evitar a fusão do núcleo devido à falência dos sistemas de refrigeração, ficaram feridos.
Nas proximidades da central foi detectado césio radioactivo o que poderia indicar uma fusão nuclear no reactor. O nível de radioatividade na área da central nuclear é mil vezes superior ao normal.
Walt Patterson, um analista do instituto de investigação Chatham House, de Londres, considerou que é cedo para perceber se a explosão de Fukushima pode vir a produzir os mesmos níveis de contaminação radioativa do desastre de Chernobyl. Todavia, o mesmo perito reconhece nos acontecimentos do Japão sinais semelhantes àqueles que ocorreram em 1989.
A população residente num raio de 20 quilômetros ao redor da central foi evacuada.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
A energia do futuro vem aí
O F-Cell terá um consumo equivalente a 3.3l/100km de gasóleo porém não emite quaisquer gases nocivos para a atmosfera e irá alcançar uma velocidade máxima de 170 km/h, tendo uma autonomia para 385 km.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Energia eólica com preços da China
“Os chineses estão atrasados no consumo de electricidade, têm de instalar capacidade o mais rapidamente possível e já perceberam que as renováveis são o futuro”, afirma António Sá da Costa.
“O Estado chinês há muito tempo que percebeu que vai precisar de muito mais energia" diz Carlos Pimenta
A China já domina o mercado mundial de painéis solares. E a maior parte dos aerogeradores instalados na China são produzidos no próprio país. Em breve, a China dominará o mercado mundial de produção de aerogeradores.
Vamos ter energia eólica ao preço da uva mijona, quer dizer com preços da China.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Petróleo a USD 120 em 2011.
O mundo deve estar louco e este senhor a precisar de internamento urgente.
O petróleo pode chegar aos 120 dólares em 2035? O petróleo vai chegar aos 120 dólares em 2011.
ACORDEM!!!!!
sábado, 1 de janeiro de 2011
D€S€SP€RO - Take III
Mira Amaral defende opção nuclear mas em parceria com Espanha O antigo ministro da Energia e apoiante da energia nuclear, Luís Mira Amaral, defendeu hoje que a opção só faz sentido para Portugal desde que em parceria com Espanha, quer de mercado, quer no sistema de segurança da produção energética (Dinheiro Digital, em 14/12/2010) O antigo ministro da Energia Luís Mira Amaral defendeu ontem uma paragem na incorporação de energia eólica na rede, afirmando que os sobrecustos desta fonte energética representam um novo aeroporto, e pediu ao PSD que levante a questão (Correio da Manhã, em 14/12/2010). |
Ou a preocupação deles é outra? Que interesses os movem?
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O nuclear já não é o que era
E isso deve-se ao facto de o custo de energia em Espanha ser extremamente competitivo pela superprodução das energias renováveis que cobriram 35% da procura eléctrica en 2010, mais que o gás e o carvão juntos.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Sobrecustos das Energias Renováveis
"Hoje a energia hídrica é absolutamente concorrencial com as tradicionais (e não foi sempre assim Sr. Secretário de Estado?), a eólica nos últimos concursos é concorrencial, o fotovoltaico não é muito significativo na formação da tarifa e tem uma tendência elevada para baixar os custos", disse Zorrinho aos jornalistas, já depois da audição.
"E o petróleo deverá subir bastante e, a partir do momento que suba acima dos 100 dólares, todos estes cálculos terão de ser refeitos", acrescentou.
"A partir de 2015, o custo de produzir energias renováveis não será superior ao custo de produzir com energias tradicionais", sintetizou.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Electricidade: centrais térmicas a meio gás
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Os custos da energia eólica em queda livre
No leilão de Dezembro de 2009, o primeiro dedicado exclusivamente à energia gerada a partir de fonte eólica, o preço médio licitado foi de 148,30 (€ 65,00) Reais/MWh.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Recusa da opção nuclear
"Penso que esta aposta que estamos a fazer dispensará o nuclear após 2020", disse Carlos Zorrinho na abertura do seminário "Mix energético", promovido pela Associação Portuguesa de Energia (APE) para debater em especial a energia nuclear.
Não é nada que já não tenha sido escrito neste blogue.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Saldo positivo de 36 GWh
Em declarações à Lusa, o secretário de Estado da Energia e da Inovação afirmou que «pela primeira vez Portugal tem um saldo exportador de energia eléctrica», o que, defendeu, «é resultado de uma aposta muito forte nas energias renováveis».
Entre Janeiro e Maio, as fontes de energia renováveis representaram 70% da produção eléctrica total no período. (ver quadro ao lado)
Que é que o Senhor Engenheiro tem a dizer a estes números?
Acha que há condições, actualmente, para a instalação em Portugal de uma Central Nuclear ?
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Centrais térmicas a carvão: fechem-nas, porra!
Com a crescente produção de electricidade através de fontes renováveis, as centrais térmicas, nomeadamente as centrais térmicas a carvão, funcionam como meros centros produtores de reserva de electricidade, isto é, servem para manter a carga na rede na ausência de vento.
Reconhecem os responsáveis da EDP que, actualmente, com a potência instalada em energia eólica complementada com a energia eléctrica das barragens, muitas delas reversíveis, a tendência é para um funcionamento intermitente e cada vez menor das centrais térmicas a carvão (v.g. a Central a Carvão de Sines de Janeiro a Abril deste ano produziu apenas 1/3 da produção eléctrica de 2009 - ver quadro ao lado direito).
Pergunta-se: e isso é mau? Não. Isso é uma bênção caída dos céus, melhor dizendo, caída dos ventos.
As centrais térmicas a carvão são altamente poluentes e com custos ambientais incomportáveis como pode ser testemunhado pelos agricultores e proprietários de terras junto das centrais a carvão do Pego e de Sines. Grandes extensões de floresta das zonas envolventes destas centrais estão mortas como se tivessem sido atacadas por uma praga. E o que é mais grave é a aparente apatia dos municípios envolvidos na pública denúncia deste desastre ambiental.
Existem outras alternativas, também elas, economicamente interessantes e menos poluentes: os ciclos combinados a gás.
domingo, 30 de maio de 2010
O preço da electricidade em Portugal
Diz o Senhor Engenheiro e bem que «os responsáveis pala definição da tarifa eléctrica foram espertos como ratos, e ... (aproveitando a baixa dos preços do petróleo) enfiaram o sobrecusto das renováveis na tarifa».
Mais adiante e delirante, como é seu hábito, continua:
«O pior, entretanto, vai ser em 2011, porque entretanto os preços internacionais dos combustíveis fósseis voltaram (atentem no tempo verbal!!!!) a subir. Mas provavelmente o actual Governo já cá não estará então e os seus apoiantes poderão, então, culpar o novo Governo por essas subidas».
Ora, se o peso dos combustíveis fósseis na produção de electricidade em Portugal é cada vez menor, atingindo actualmente cerca de 25% do total produzido, como é que a subida, previsível, dos combustíveis fósseis terá um impacto determinante no custo da electricidade em Portugal?
Entretanto, continue a escrever boutades, Senhor Engenheiro, então, porque não?
sábado, 29 de maio de 2010
Mar do Norte - a Arábia Saudita das Energias Renováveis
A exploração de um terço desses recursos tornaria a Grâ Bretanha exportadora líquida de electicidade (explorando apenas as energias renováveis do Mar do Norte). A potência actual instalada ronda os 150 GW contra 169 GW de potência instalada alcançada.
Começou a guerra entre a eólica e o nuclear em Espanha
A licença de explorarão da CNA termina no próximo dia 8 de Junho. As organizações ecologistas Adenex e Greenpeace manifestaram publicamente a sua revolta pela prorrogação da vida útil da central. Na sua opinião, a electricidade gerada pela Central Nuclear de Almaraz é absolutamente desnecessária para a região onde está situada e para Espanha, que tem já potência instalada de fontes tradicionais e renováveis mais do que suficiente para satisfazer as necessidades do país.
Além disso, a CNA está velha e apresenta com demasiada frequência problemas inesperados, considerados muito perigosos, na opinião daquelas organizações ambientalistas. E dizem mais. O Conselho de Segurança Nuclear (CSN) tem escondido da opinião pública estes dados como já é sua tradição.
A decisão tomada pelo governo espanhol é rigorosamente política e não técnica ou económica e reflecte o peso do lóby nuclear no governo de Zapatero, cujo representante máximo é o Ministro da Industria, Turismo e Comércio, Miguel Sebastián.
Actualmente, já existe em Espanha um tal excesso de potência eléctrica instalada que é possível encerrar todas as centrais nucleares do país. Este excesso está a obrigar a Rede Eléctrica Espanhola (REE) a mandar suspender a produção de energia a partir de fontes renováveis, a custo zero, para manter em funcionamento as centrais nucleares dada a sua reduzida flexibilidade para se adaptarem às variações da procura.
Energia eléctrica a partir de fontes renováveis em Portugal
O total de potência instalada de energias renováveis em Portugal atingiu, em Março, 9229 MW. O objectivo é atingir 20.000 MW, em 2020.
A energia hídrica e eólica foram as que mais contribuíram para este aumento. Em relação a Março de 2009, a produção hídrica de Março deste ano subiu 175 por cento.
Quanto à eólica, sobretudo devido ao forte vento que se fez sentir, houve um acréscimo de 57 por cento neste primeiro trimeste, em relação a período homólogo do ano passado.
A biomassa sem cogeração e a microprodução também registaram aumentos significativos.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
As energias renováveis e os carros eléctricos
Clamam em uníssono: «O veículo eléctrico precisa de ser colocado no centro das perspectivas de desenvolvimento e competitividade, fazendo a ponte entre investigação, inovação, desenvolvimento industrial e sustentabilidade».
Por coincindência ou não, três dos quatro países subscritores desta Declaração Conjuntasão são dos maiores produtores de energias renováveis da UE e o outro é o país da UE com o maior potencial de produção de origem eólica (onshore) e o maior produtor de electricidade de fonte nuclear.
A conclusão é simples: o crescimento das energias renováveis passa necessariamente pela introdução dos carros eléctricos: para possibilitar a rentabilidade dos investimentos feitos e a fazer nas energias renováveis e para fazer diminuir a dependência energética de combustíveis fósseis da UE. Em Portugal, o consumo de combustíveis fósseis (gasolinas e gasóleos) é responsável pela maior parte do petróleo importado.
Mas se o futuro das energias renováveis passa pelo carro eléctrico será que o carro eléctrico, tal como o conhecemos hoje, é o futuro?
Enquanto a autonomia das baterias for de 140-160 kms (para ir de Lisboa ao Porto é necessário parar 30 minutos para carregar 80% da bateria), o carro eléctrico terá um futuro cada vez menos presente.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Mito desfeito
Quem proclamava alto e bom que a energia eólica não era economicamente atractiva, já que o seu custo era superior ao custo da energia térmica ou hídrica, calou-se que nem um rato perante o leilão (energia eólica), realizado no Brasil em Dezembro de 2009.
“Nós quebramos um paradigma. Como o leilão atraiu muitos investidores, a competição fez com que os preços baixassem”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, referindo-se aos R$ 148,39 a serem pagos, em média, pelo megawatt/hora (MWh).
O Ministério de Minas e Energia (brasileiro) tinha fixado um tecto de R$ 189 o MWh e todos os projetos cujo preço ultrapassaram este valor foram rejeitados..
“Vimos que temos condições de desenvolver, no Brasil, a energia eólica de forma a competir com outras fontes. Acho que, agora, a tendência é esta indústria se desenvolver”, concluiu Tolmasquim.
O presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia Elétrica (Anace), Carlos Faria, defende por seu lado que os consumidores deveriam poder negociar directamente com os produtores de energia eólica de modo a incentivar a concorrência e fazer baixar os preços da electricidade..
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Gas natural renovável
Cientistas do instituto alemão Fraunhofer descobriram uma forma simples e útil de aproveitar a eletricidade excedentária produzida pelas eólicas ou pelo solar fotovoltaico em horas de vazio de consumo.
A eletricidade que a rede elétrica não está em condições de absorver é utilizada para cindir os átomos de hidrogénio e de oxigénio da água (H2 + O) .
Desta separação resultam os dois gases constituintes da água: hidrogénio e oxigénio. Então o hidrogénio é transformado em gas metano, através de uma simples reacção químima com o dióxido de carbono.
O metano nada mais é do que o gás natural produzido sinteticamente.
Captura-se o odioso dióxido de carbono nas instalações industriais poluidoras, evita-se o efeito de estufa e ganha-se maior independência energética. O melhor de três mundos.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Centrais termoeléctricas a carvão condenadas ao encerramento
A central termoeléctricaa a carvão da Endesa de 1.400 MW de potência instalada, localizada em Las Pontes (Galiza), voltou a parar por completo. Teme-se no sector que esta situação se repita e que a paragem de todos os grupos da central ocorra, de futuro, durante semanas ou meses seguidos. A razão é conhecida: para cumprir Quioro, o governo (espanhol) dá primazia à energia produzida a partir de fontes renováveis: hídrica, eólica e fotovoltaica.
Teme-se pelos postos de trabalho. A alegria de uns é a tristeza de outros.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Eram múltiplas as personalidades com multiplas filiações partidárias
«Uma das características do Manifesto para uma Nova Política Energética é ter concitado o apoio de personalidades de múltiplas ou nenhumas filiações partidárias».
Ao ler esta passagem ficamos sem saber se eram múltiplas as personalidades sem nenhuma filiação partidária ou se as personalidades tinham múltiplas filiações partidárias.
Com pompa e circunstância, pediram uma audiência ao Governo e ao Presidente da República. Foram recebidos por um simpático, bem parecido e bem falante Secretário de Estado. Dos 33, ditos subscritores, terão comparecido à chamada cerca de 20. Quase todos ex-governantes desempregados.
Será «à cause de ça» que as múltiplas personalidades que subscreveram o MANIFESTO têm multiplas filiações partidárias?
terça-feira, 4 de maio de 2010
Carros eléctricos movidos a pilhas de hidrogénio
Num futuro não muito longínquo será comum ver carros com motores eléctricos movidos a pilhas de hidrogénio, produzido a partir de fontes renováveis. As pilhas de lítio têm os dias contados em virtude da sua fraca performance e da necessidade da sua substituição ao fim de algumas recargas.
A produção de hidrogénio a partir de combustíveis fósseis é um contra senso ambiental, economicamente insustentável, pelo que, quando a tecnologia dos carros a pilhas de hidrogénio estiver mais avançada e disseminada de modo torná-los competitivos com os carros movidos a combustíveis fósseis, justifica-se a construção de grandes fábricas para produção de hidrogénio nas horas de vazio das eólicas em que o preço de mercado do MW é mais baixo.
Os principais fabricantes de automóveis afirmam que o futuro está nos carros híbridos a hidrogénio ou com motores 100% a hidrogénio. Pensam desenvolver e vender, a partir de 2015, carros a hidrogénio: a BMW, a Mazda, a Daimler, a Renault-Nissan, a Honda, a Toyota, as sul-coreanas Hyundai e KIA, a Ford, a GM e a sua filial Opel.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Custo das energias renováveis
Não é irrealista afirmar que, a partir de 2015, com a previsível alta dos preços do petróleo, as energias renováveis sejam competitivas, em termos de custos, com as energias fósseis (ciclo combinado, carvão ou petróleo). Espera-se, por isso, um boom de instalações solares fotovoltaicas domésticas, a partir de 2015, quando for mais barato produzir energia solar fotovoltaica, mesmo sem subsídios, do que comprá-la à rede eléctrica.
Solar fotovoltaica
Em Espanha (em Portugal os custos serão ligeiramente mais baixos), entre 2005 a 2008, o custo por megavátio (MW) instalado da energia solar fotovoltaica era de 6 a 10 milhões de Euros. Em 2009 e 2010, o custo baixou para 3 milhões de Euros por MW instalado. Prevê-se que os preços desçam cerca de 12% ao ano graças aos avanços tecnológicos e às economias de escala.
Eólica
Hoje em dia, o custo por MW instalado é de 1,2 milhões. Destes, 75% respeitam ao aerogerador e 25% a custos de instalação e construção civil. É previsível que com a concorrência da China e com a automação na fabricação dos componentes dos aerogeradores baixem ainda mais os preços destes.
A competitividade da energia eólica com os preços das energias de origem fóssil vai estar intimamente dependente do preço do petróleo. Actualmente, um parque eólico a funcionar 2.400 horas por ano será competitivo desde que o preço do petróleo atinja 160 UDS. Com preços do petróleo acima de 100 USD a eólica será competitiva com outras fontes fósseis a partir de 2015.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Nem sempre o que é demais é erro
«... Isto resulta, evidentemente, de já termos potência eólica instalada em excesso e de nada ter sido previsto técnica e regulamentarmente para a poder reduzir, sendo o país obrigado a pagá-la ao produtor à volta de 9 ç/kwh para a ter de deitar literalmente fora!» (Em 13 de Janeiro de 2010)
Como é, Senhor Engenheiro?
Umas vezes critica as eólicas por produzirem apenas 1/4 da sua capacidade instalada (o que é mentira de acordo com os dados disponibilizadois pela REN que certamente conhece) e outras vezes lança um anátema contra as eólicas por produzirem electricidade demais?
Quando é que produzir electricidade demais pode ser ruinoso para o país?
E apela à regulmentação técnica ou administrativa para reduzir a potência eólica instalada ou a instalar da iniciativa dos privados? Quer voltar à era do condicionamento industrial, é isso? Onde foi fácil aos Melos e aos Tenreiros crescerem?
Por acaso, já ouviu falar em mercado comum e em livre circulação das pessoas, dos serviços, das mercadorias e dos capitais? Em que país vive Senhor Engenheiro?
Energias Renováveis em 2020
«... para alcançar a referida meta de 31% de origem renovável para todo o seu consumo energético, e extrapolando a proporção de 35% de electricidade para os 20% de toda a energia, Portugal terá de alcançar (em 2020) 55% de electricidade de origem renovável»
« .... as renováveis actualmente existentes satisfarão 42.5% dele, os planeados 2200 MW de eólicas e hidroeléctricas associadas a construir adicionarão mais 9.5%, faltando ainda 3%» (Em 26/02/2010)
E não contabiliza os 1.500 MW do fotovoltaico (2.500 MW segundo a APREN)?
Onde foi desencantar os 2.200 MW das eólicas e hidroeléctricas associadas?
Segundo dados credíveis e incontestados da EDP (ver site), em 2020, a capacidade hidroeléctrica do país deverá rondar os 9.000 MW. A APREN aponta como possível uma capacidade fotovoltaica instalada, no final da próxima década, de 2.500 MW (1.500 MW segundo o Governo). E a eólica terá uma capacidade instalada de 8.500 MW.
O que perfaz 20.00 MW de capacidade instalada de energias renováveis em 2020 (mais que duplicando a capacidade actual instalada de 8.005 MW). Ultrapassaremos, largamente, os 55% de electricidade de origem renovável com um crescimento moderado do consumo como se espera.
O fundamentalismo anti-renováveis do Senhor Engenheiro cegam-no.
Barragens reversíveis
- «As barragens reversíveis são absurdos e gigantescos armazéns de energia».
- «Se as hidroeléctricas planeadas fossem só para aproveitar os recursos hídricos, o investimento associado, que terá de ser pago pelos consumidores, seria muito menor».
- Adaptar um central hidroeléctrica de modo a permitir que esta produza mais energia com a mesma água - com custos incomparavelmente mais baixos do que construir de raiz uma central hidroeléctrica para gerar o mesmo volume de energia - é um investimento absurdo?
- Armazenar em barragens reversíveis a energia eólica e fotovoltaica gerada em horas de vazio para a vender, depois, nas horas de cheias a preços bem mais compensadores, é economicamente desastroso?
- O Estado ao ter autorizado a reversibilidade das barragens (sem impactos ambientais significativos) de modo a aumentar a sua capacidade de geração eléctrica, recebendo como contrapartida pela autorização dada centenas de milhões de Euros, é um negócio ruinoso e prejudicial aos consumidores?
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Reactores nucleares de 3.ª geração
- O multimilionário Bill Gates e a Toshiba estão em conversações para a criação de um reactor nuclear de quarta geração (mais seguros, mais eficientes e com muito menos emissões de elementos radioactivos) a funcionar com combustível de urânio empobrecido?
- Os EUA não constroem um novo reactor nuclear para produção de electricidade há 30 anos?
Será que o país do Tio Sam pensa da mesma forma e, por isso, esteve tantos anos sem construir novos reactores nucleares à espera dos reactores de 4.ª geração?
E porque razão querem os nossos nuclearistas ser mais papistas que o papa, manifestando-se e batendo-se com armas (estudos e artigos de jornais ) e bagagens (dinheiro, dinheiro e dinheiro) pelos reactores de 3.ª geração?
terça-feira, 20 de abril de 2010
Deficit tarifário na energia nuclear
Vale isto por dizer que a EDF não aprovisionou convenientemente os custos de desmantelamento e de descontaminação das centrais nucleares em fim de vida.
Será que a energia nuclear, com fama e proveito de ser uma fonte de energia barata, padece igualmente de deficit tarifário? Será que este sobrecusto vai ser repercutido nos preços da electricidade a ser paga pelos consumidores? Será por isso que a energia de fonte nuclear (francesa) já deixou de ser competitiva face à energia eléctrica espanhola?
segunda-feira, 19 de abril de 2010
D€S€SP€RO
Já não há espaço para a energia nuclear em Portugal. Deixem de sonhar, líricos.
A janela de oportunidade do nuclear fechou-se. Com o aumento exponencial esperado de energia gerada a partir de fontes renováveis nos próximos anos, deixa de fazer sentido, em termos de racionalidade económica, construir uma central nuclear em Portugal, antes de 2020.
Só para perceberem o que está em jogo, em 2011, a Central Termoeléctrica de Sines, a carvão e tecnologicamente obsoleta, que funciona actualmente como estabilizador de carga na rede e central de reserva, irá operar de forma intermitente, prevendo-se grandes períodos de paragens ao longo do ano.
Os promotores de uma Central Nuclear para Portugal alimentavam a secreta esperança de esta vir a susbstituir a central a carvão de Sines. Com a notícia do quase encerramento da Termoeléctrica de Sines por se mostrar desnecessária, a partir de 2011, é a machadada final no sonho nuclear.
Percebendo isso, os promotores do nuclear já clamam pelo encerramento dos ciclos combinados cada vez mais a funcionar como meros estabilizadores de carga na rede eléctrica.
Mas como podem pedir o encerramento dos ciclos combinados se estas são centrais recentes, tecnologicamente bem apretrechadas, competitivas em termos de custos de geração eléctrica, flexíveis e com contratos de Produção em Regime Especial com tarifa de compra garantida ? E os contratos são para se cumprir - Pacta Sunt Servanda.
Além de que os níveis calculados de emissão de gases com efeito de estufa, em termos de ciclo de vida, colocam uma central nuclear numa situação pior que uma central a gás natural.
Querem um conselho? Não gastem o vosso latim com a discussão da opção nuclear para Portugal.
domingo, 18 de abril de 2010
Abrindo o jogo
- «(....) mitigar o risco de mercado por meio da protecção estatal (era mais uma Produção em Regime Especial com tarifa de compra garantida) e (...) bloqueio doutras autorizações por escassez de capacidade da rede».
- «(....) temos consciência do custo elevado do aparelho de segurança que é preciso montar e manter para gerir as centrais. (...) Fará todo o sentido, se quisermos ter o nuclear em Portugal, integrarmos-nos num aparelho de segurança ibérico»..
Isto é, abrigar-se no chapéu do Estado, através da venda garantida da energia produzida (a preços financeiramente interessantes), arrumar as renováveis para um canto e a segurança e monitorização da futura central nuclear feita por espanhóis.
Tirando isso, tudo bem.
Riscos de exploração das centrais nucleares
«Os promotores da energia nuclear, como a ADN , persistem também na presunção de que o cidadão comum os irá apoiar após adequada difusão de “informação sobre factos técnica e cientificamente verificáveis” que mostrem as vantagens e a ausência de maiores riscos do que noutras formas de energia».
«Se assim é, por que motivo não convenceram já as Seguradoras a prescindir das garantias do Estado para cobrir ou limitar as indemnizações a pagar em caso de acidente nuclear?»
Delgado Domingos, Prof.Cat. I.S.T. (no Expresso de 10 de Abril de 2009)
A energia nuclear não é competitiva sem ajudas estatais
(Delgado Domingos, Professor Catedrático do I.S.T. (no Expresso de 10 de Abril de 2009)
Afinal o grande argumento dos promotores do nuclear em Portugal já não é por a energia gerada a partir de um reactor nuclear ser mais competitiva mas por causa das alterações climáticas e do aquecimento global?
Será que li mal o MANIFESTO?
sábado, 17 de abril de 2010
Custos Ocultos da Energia Nuclear (2)
CUSTOS A SUPORTAR PELOS CONTRIBUINTES PORTUGUESES (que os promotores do nuclear se recusam a pagar):
- Os custos dos sistemas de segurança e dos sistemas de emergência: suportados pelo Estado e por instituições internacionais já que as seguradoras se recusam a segurar a 100% os riscos de exploração de uma central nuclear. Mais de metade do seguro de risco pela sua exploração é assegurado pelo Estado e pelas instituições internacionais e não pelas seguradoras. Afinal, serão os riscos assim tão desprezíveis como querem fazer crer os promotores do nuclear?
- Custos de armazenamento/depósito dos resíduos radioactivos (não existem cálculos já que, em boa verdade, não foram construídos até hoje depósitos para os mesmos). Os EUA, após terem gasto nove mil milhões de dólares, acabam de abandonar o projecto de depósito de resíduos de alta radioactividade no subsolo, em Yucca Mountain. A Espanha, a Suíça, a Suécia e a Finlândia escolheram o subsolo para depósito dos resíduos nucleares mas ainda se encontram na fase de projecto. O Canadá, o Reino Unido e a França ainda não fizeram a sua opção sobre a melhor forma de depositar os resíduos das centrais nucleares. A pergunta que se coloca é a seguinte: “Será que está correcto produzir resíduos adicionais, que seriam criados em resultado de um programa para construção de novas centrais nucleares, quando não existe uma solução de longo prazo para a gestão dos resíduos já existentes?” Quem vai suportar os custos da construção e manutenção dos depósitos nucleares?
- Custos do desmantelamento e descontaminação das instalações das centrais nucleares no fim da sua vida útil. Na Alemanha, o preço a ser pago para essa desactivação e isolamento de cada reactor nuclear está estimado em algo entre 7 e 14 mil milhões de Euros. Os custos de desmantelamento do parque nuclear do Reino Unido estão estimados em 100 mil milhões de Euros.
- Formação, no estrangeiro, de uma equipa técnica altamente especializada em diversos domínios, para acompanhar os trabalhos de construção, manutenção e fiscalização de uma central nuclear e o seu posterior enquadramento orgânico a nível de uma nova Direcção-Geral com os custos inerentes. Este custo é tanto maior quanto menor for o país e quantas menos centrais nucleares forem instaladas. Esta questão foi, aliás, abordada por Paul Joskow do MIT que participou numa conferência em Lisboa e que concluiu não fazer sentido a instalação de um pequeno número de centrais nucleares em Portugal por este motivo (quanto mais para apenas 1 central nuclear).
- Custos e constrangimentos técnicos, economicamente insustentáveis, em resultado da diminuta dimensão da rede eléctrica. Quanto menor capacidade possuir uma rede eléctrica mais constrangimentos se irão colocar na sua gestão em resultado da entrada em funcionamento de uma central nuclear. Nos ciclos de maior produção das renováveis (hídrica, fotovoltaica e eólica) a preço marginal de mercado quase nulo, o que fazer? Desliga-se o botão da nuclear ou das renováveis? E se a nuclear for obrigada a estar parada uma boa parte do ano será que é rentável? Uma das exigências que os promotores fazem para a instalação de uma central nuclear é que a rede lhes assegure uma produção dedicada de 90% da sua capacidade instalada. Por essa razão, Israel, com uma potência instalada um pouco inferior à nossa, mas que trata por tu a tecnologia nuclear e que não precisa da ajuda de ninguém para construir uma central nuclear, desistiu da ideia de construir reactores nucleares para a produção de energia. A sua aposta é no solar fotovoltaico.
- Adaptação da rede eléctrica. Com a entrada em funcionamento de uma unidade, grande produtora de energia, e, no caso da central nuclear ficar situada longe dos centros de consumo, o que parece óbvio na medida em que são centros de grande aglomeração urbana, será necessário proceder a grandes obras na rede eléctrica para levar a energia até aos consumidores finais.
- Estudos de/sobre os locais mais adequados à implantação da central nuclear mesmo aproveitando os estudos (onde já foi gasto muito dinheiro) já realizados.
- Consumo de água. Uma central nuclear terá de ser construída obrigatóriamente junto a um curso de água ou junto ao mar dado o consumo incomensurável de água para arrefecimento dos reactores. A Espanha chega a desligar os reactores no verão ou por falta de água ou porque a temperatura da água é tão elevada que não arrefece de modo satisfatório os reactores.
- Impacto ambiental: contrariamente ao que se anuncia, a energia nuclear não é renovável nem verde: a produção de energia através de centrais nucleares emite gases de efeito de estufa, responsáveis pelas alterações climáticas: na construção da central, na exploração, no processamento e enriquecimento do urânio e no transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem. Os níveis calculados de emissão em termos de ciclo de vida colocam uma central nuclear numa situação pior que uma central a gás natural e 4 a 5 vezes mais que um parque eólico de idêntica dimensão. Consome 40 vezes mais água que uma central térmica equivalente.
- Riscos de fugas radioactivas no subsolo ou na atmosfera por efeito de um atentado terrorista ou de um terramoto com consequências imprevisíveis. O que não acontece com os parques eólicos. Já alguém imaginou um ataque terrorista a uma torre eólica?
quarta-feira, 14 de abril de 2010
O mundo deve estar louco
Agora, que os países da Ásia (no seu conjunto), que os países da Europa (no seu conjunto) e que a América do Norte tenham adicionado às suas redes eléctricas, no ano de 2009, um total de 37 GW de energia eólica, correspondente a 37 centrais nucleares de média potência, cometendo exactamente os mesmos erros que nós, isso não sabíamos.
E, pior ainda. A potência eólica mundial poderá passar dos 158,5 GW, instalados no final de 2009, para 409 GW, em 2014, ultrapassando a capacidade nuclear instalada. O mundo deve estar louco: não presta a mínima atenção aos avisos dos arautos da desgraça e não aprende com os erros do passado.
O que faz rir no discurso dos que defendem a opção nuclear é o facto de, na sua opinião, o país precisar como de pão para a boca de uma grande produtora de energia barata . Mas depois gritam «aqui-d'el-rei» por as eólicas produzirem tanta energia nos dias de ventos fortes que provocam o back_up da rede eléctrica obrigando os ciclos combinados e o carvão a parar.
Desde quando produzir energia a custo zero, através das eólicas, evitando a queima de gas ou de carvão ou de outro combustível fóssil nas centrais convencionais, pode ser economicamente desastroso? Criminoso, isso sim, é não existirem formas de aproveitar essa energia. Mas elas vão surgir. Tarde.
Custos Ocultos da Energia Nuclear
Orçamento Geral da União Europeia para 2010
(ajudas ao sector nuclear da União Europeia)
Desmantelamento nuclear ................ 255.000.000,00 €
Instrumento para a Cooperação no domínio da Segurança
Nuclear (ICSN) ........ ....................... 70.452.882,00 €
Instrumento de Estabilidade, do ICSN e do
Instrumento Financeiro para a Protecção
Civil ................................................. 305.000.000,00 €
Energia Nuclear .............................. . 277.700.000,00 €
Investigação: Euratom — Cisão nuclear e protecção contra
radiações ........................................ . 49.260.000,00 €
Investigação: Euratom: Obrigações históricas resultantes das
actividades nuclear esrealizadas pelo Centro Comum de
Investigação no âmbito do Tratado
Euratom ............................................. 32.600.000,00 €
TOTAL ........................................... 990.012.882,00 €
Sétimo Programa-Quadro da Comunidade Europeia da Energia
Atómica de actividades de investigação e formação em matéria
nuclear (2007 a 2011) ..................... 6.341.000.000,00 €
«No que respeita à actividade «Energia nuclear», as prioridades continuarão centradas no desenvolvimento sustentável (segurança das instalações nucleares e gestão segura e eficiente dos resíduos nucleares) e na protecção dos cidadãos (salvaguardas nucleares e protecção contra as radiações)».
«O grande número de instalações nucleares existentes na União Europeia alargada e o renovado interesse pela opção nuclear em vários Estados-Membros implicam o reforço das inspecções,
a manutenção da gestão dos fundos de desmantelamento [em parte geridos pelo Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD)] e a adaptação do enquadramento jurídico».
«O quadro relativo às normas de protecção contra as radiações será actualizado e simplificado, devendo a aplicação do quadro regulamentar sobre segurança nuclear ter início em 2010, após a sua eventual adopção pelo Conselho. Os outros domínios de acção prendem-se com a cooperação com a Agência Internacional da Energia Atómica, o aprovisionamento em materiais nucleares e a aplicação dos acordos internacionais da Euratom».
(extracto do Orçamento Geral da União Europeia)
terça-feira, 13 de abril de 2010
Carta Aberta ao Presidente da Comissão Europeia
Caro José Manuel Durão Barroso,
Não sei se as vozes dos trolhas chegam ao Palácio de Berlaymont (edifício sede da Comissão Europeia) mas em todo o modo, imitando o gesto de uma tal Jennifer, desempregada, que escreveu ao Presidente Obama e recebeu deste uma resposta personalizada e com uma bonita caligrafia, estou a escrever-te esta carta aberta (pois é impossível fechar o post dentro de um envelope).
Fomos colegas de escola. Convivemos. Pouco mas convivemos. Claro que tu sentavas-te nas filas da frente do amplo anfiteatro e eu nas filas de trás. Por isso, eu sou trolha e tu Presidente da Comissão Europeia. Teias que a vida tece. Cada um é para o que nasce. Mas se és um homem realizado e feliz como Presidente da Comissão Europeia eu sou um homem realizado e feliz como trolha. VOILÁ!
A razão porque estou a escrever-te é a seguinte: diz-se por aí, mas se for mentira tu desmente, que a Comissão Europeia dá mais apoios, via orçamento comunitário, ao sector nuclear do que às energias renováveis, nomeadamente à eólica e à solar fotovoltaica.
Ora, o peso do nuclear na produção eléctrica está em franco declínio e as perspectivas futuras são no mesmo sentido (em 2008, a electricidade de fonte nuclear produzida no mundo era cerca de 16% do total e, em 2020, pensa-se que será inferior a 10% da produção mundial). Pelo contrário, o peso real das energias renováveis na produção total de electricidade tem vindo a aumentar de forma consistente nos últimos anos.
Não me parece lógico, justo e economicamente sustentável a utilização de recursos de todos nós (cidadãos europeus) para apoiar mais a electricidade com sinal menos e menos a electricidade com sinal mais. Mas pior do que isso seria a Comissão Europeia ligar-se à terra e ficar neutra.
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER! SEMPRE.
Um abraço, pá.
Megarede europeia de energias renováveis
Neste caso, o tamanho importa e faz toda a diferença já que dessa forma resolve-se o problema da falta de vento numas zonas com a ocorrência de ventos fortes noutras zonas. Para distâncias superiores a 1.000 km, por exemplo, nalgum ponto da rede sopraria vento suficiente para fornecer carga à rede.
Vem isto a propósito da notícia vinda hoje a público de que a Fundação Europeia para o Clima, sedeada em Bruxelas, vai entregar na Comissão Europeia um Relatório reafirmando o papel da Espanha como principal produtor de energia solar fotovoltaica, servindo ao mesmo tempo como território de trânsito para a produção de energia fotovoltaica produzida no norte da África com destino à Europa.
À França, por sua vez, caberia o papel de grande produtora de energia eólica da EU. Devido à sua localização geográfica central seria o elo de ligação das redes espanhola e inglesa para o resto do continente europeu.
Independentemente do mérito do estudo, não deixa de ser caricato ter o mesmo focado as potencialidades de Espanha para a produção de energia solar fotovoltaica e esquecer Portugal com as mesmíssimas condições que a Espanha, salvaguardadas as dimensões dos dois países, está claro. E, por outro lado, não fazer qualquer referência ao facto de a Espanha ser, actualmente, o 4.º maior produtor de energia eólica do mundo só superada pelos EUA, China e Alemanha e que está longe de ter esgotado a sua capacidade de gerar energia eólica, nomeadamente, através de plataformas flutuantes offshore ao longo da costa atlântica e da costa brava.
O estudo dá grande relevância, como não podia deixar de ser, às conexões existentes e a serem criadas entre as redes francesa e espanhola que poderão chegar a 47 GW em 2050. Não deixa, contudo, de ser aberrante que, actualmente, a capacidade de interligação entre Portugal e Espanha (1.500 MW) seja superior à capacidade de interligação existente entre a França e Espanha (1.000 MW).
segunda-feira, 12 de abril de 2010
A Energia Nuclear é barata?
Já foram gastos no programa nuclear brasileiro, até hoje, mais de 40.000 milhões de dólares. E quais os resultados palpáveis para a economia do Brasil e bem-estar dos brasileiros deste gasto colossal de dinheiros públicos?
Após 40 anos de hesitações e muitas discussões, construíram-se duas centrais nucleares (Angra 1 com potência instalada de 657 MW e Angra 2 com potência instalada de 1.300 MW) que produzem o equivalente a 2% da electricidade consumida no Brasil. Está prevista, para breve, a entrada em funcionamento de uma nova central nuclear – Angra 3 com capacidade instalada de 1.000 MW - que irá produzir o equivalente a 1% do consumo total de energia do país.
O dinheiro já gasto em Angra 3, parada desde 1986 e cuja construção foi retomada em 2008, investido em parques eólicos, dava para instalar mais do dobro de potência eléctrica , em 1/3 do tempo (2 anos), sem a produção de resíduos altamente radioactivos, sem riscos de acidentes ambientais graves e criando-se 32 vezes mais empregos.
Entretanto, ¾ do potencial de energia hídrica do Brasil está por explorar, apesar do país se poder vangloriar, e com razão, nos areópagos mundiais, como o faz Lula da Silva, de ser de origem renovável (hídrica) 85% da electricidade produzida.
Pergunta-se: porque razão entrou, e se atolou, o Brasil na aventura nuclear? Os militares têm a resposta.
Em 1985, 1/3 da dívida externa do país derivava do programa nuclear brasileiro.
Custo de Angra 3:
7,2 mil milhões de Reais segundo a Electrobras (e sem se contabilizarem os custos ocultos, suportados pelo Estado, de que falaremos noutro post). Fontes independentes falam em 9,5 mil milhões de Reais a que acresce 1,5 mil milhões de Reais já gastos, até agora, e não contabilizados.
A dupla Eletronuclear/Eletrobrás publicita com grande alarde uma tarifa de R$ 138/MWh para a energia que irá ser produzida em Angra 3.
Ora, no último leilão brasileiro para a instalação de parques eólicos, realizado em Dezembro de 2009, foi negociada uma tarifa média de R$ 148/MW (cerca de 60 Euros) para e electricidade produzida nesses parques e vendida à rede eléctrica.
Apesar de, como disse a principal responsável da EDP Renováveis, o custo da energia eólica no Brasil, devido aos altos impostos a que está sujeita a importação do equipamento (que não existe no país) e outros custos relativos a licenciamentos, ser superior à média mundial em 40%.
Palavras para quê?
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A energia eólica no mundo
No top ten surgem países altamente industrializados (EUA, Alemanha, Espanha, Itália, França e Dinamarca), potências emergentes como a China e a Índia e as maiores potências mundiais no domínio da tecnologia nuclear (EUA, Alemanha e França).
Estes países deram uma grande contribuição para que a energia eólica tenha crescido em 2009, em capacidade instalada, 31,7% em relação a 2008. Alcançando a cifra de 159, 213 gigawats de produção de energia (2% do consumo mundial de electricidade), tendo movimentado 70 mil milhões de USD e criado 550.000 postos de trabalho. Em 2012, prevê-se que sejam criados 1 milhão de postos de trabalho à conta dos investimentos feitos em energia eólica.
A pergunta que se impõe é a seguinte: se o custo da energia eólica é tão alto, se os custos elevados da sua produção serão mais tarde ou mais cedo repercutidos nos consumidores (famílias e empresas) com implicações óbvias no nível de vida e na competitividade dos mesmos, porque razão os países mais industrializados e competitivos do mundo apostam tanto em energias renováveis, nomeadamente na energia eólica?
Porque razão os países que tratam por tu a construção e montagem de centrais nucleares para a produção de electricidade, mais barata no entender de algumas baratas tontas desempregradas e ociosas cá do burgo, apostam tanto na energia eólica em vez de construírem mais uma centralzita nos arrabaldes de uma qualquer cidadezinha do interior? Sim, porque as centrais nucleares são todas superseguras mas o seguro morreu de velho. E eles, os promotores e mentores do nuclear, que habitam todos na capital do reino, também querem morrer velhos (e por isso são construídas a uma boa distância de segurança da capital).
Estarão todos estes países loucos?
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Mira Amaral e o toucinho de Maomé
Li, hoje, no Jornal Público que Mira Amaral e Carlos Alegria apresentaram um parque eólico offshore com tecnologia de pilares flutuantes, de grande dimensão, em frente a Aveiro, ao então ministro da economia, Manuel Pinho.
Manuel Pinho "achou a ideia interessante, mas nunca avançou com nada", queixou-se Mira Amaral,
Manuel Pinho justifica que a tarifa do projecto "era um desastre, caríssima", apresentando como segunda razão tratar-se de uma "tecnologia que não estava experimentada".
Fiquei abismado ao verificar que os comentadores do Público disseram de Mira Amaral aquilo que Maomé não disse do toucinho.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
MANIFESTO CONTRA O MANIFESTO
A água é nossa. O urânio enriquecido não.
Não à opção nuclear.
O vento é nosso. O plutónio não
Não à opção nuclear.
A biomassa é nossa. A construção de centrais nucleares não.
Não à opção nuclear.
O sol é nosso. O equipamento nuclear não.
Não à opção nuclear.
As ondas são nossas. A manutenção de centrais nucleares não.
Não à opção nuclear.
A geotermia é nossa. Os técnicos e a tecnolologia nuclear não.
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terça-feira, 6 de abril de 2010
Energias Renováveis em 2020
Em 2020, a capacidade hidroeléctrica do país deverá rondar os 9.000 MW, produzindo (ano médio) 13,3 TWh/ano de produção líquida de bombagem
Aponta-se como possível uma capacidade fotovoltaica instalada, no final da próxima década, de 2.500 MW.
No total, as energias renováveis terão, em 2020, uma capacidade total instalada aproximada de 20.000 MW.
Actualmente, a capacidade instalada (eólica, hídrica e fotovoltaica) totaliza 8. 005 MW o que vale por dizer que irá mais do que duplicar até 2020. O consumo de electricidade terá, no mesmo período, um aumento cerca de 23% (a considerar um aumento anual de consumo de 2%).Dados: REN e EDP
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Aumento da potência & Aumento da produção
Sobre a sua indignaçã0 e acérrima oposição aos seis reforços de potência das centrais hidroeléctricas no âmbito do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico.
Diz o Senhor Engenheiro:
«Um reforço de potência não aumenta a energia hídrica de um rio».
Explicitando melhor:"Reforçar a potência" é aumentar a capacidade de turbinar a água, é pôr turbinas mais largas ou pôr mais turbinas, mas isso não aumenta a quantidade dessa mesma água e, portanto, não aumenta a energia que há nas albufeiras. Por conseguinte, um reforço de potência só aumenta a velocidade, a taxa a que se consegue turbinar a água, mas não a quantidade existente dessa água.
Sabe, por acaso, o Senhor Engenheiro que desde Novembro de 2009 até ao início de Abril de 2010 as comportas da barragem Crestuma/Lever estiveram quase ininterruptamente abertas e que, se em vez de 3 grupos de potência nominal (MW) 3x79,50 tivesse 6 grupos com a mesma potência nominal, teria produzido o dobro de electricidade nesse período de tempo?E produzir mais pelo aumento da potência, embora em menos tempo, pode fazer toda a diferença.
Em todo o modo, as afirmações do Senhor Engenheiro, professor no IST, laboram em erro grosseiro na medida em que esquecem, propositadamente ou não, um dos factores de que depende a potência e a produção de energia de uma central hidroeléctrica: a altura, isto é, a queda útil do empreendimento. Já que a potência e a produção de energia de uma central hidroeléctrica dependem dos caudais ocorridos e da queda útil do empreendimento.
Ora, se as intervenções previstas para o reforço da potência das centrais hidroeléctricas ampliarem a queda útil do empreendimento, obter-se-á não só um aumento de potência como ainda uma aumento da produção de energia.
Não será, assim, Senhor Engenheiro?
Exceder o razoável
Diz o Senhor Engenheiro:
«A solução economicamente racional para compatibilizar as fontes intermitentes de energia eólica e solar com o consumo é só ter delas uma quantidade limitada».
E conclui dizendo:
«Não exceder o razoável que permita este funcionamento complementar é não ter mais que para aí uns 10%, 15% no máximo, do total de energia de origem eólica e solar!»
Devemos ser um país deveras singular. Nos primeiros dois meses do ano (2010), a energia do vento foi responsável por mais de 21% do consumo de electricidade em Portugal.
Sem apagões, explosões ou outras complicações.
Nuclear? Não, obrigado (2)
- uma Central Nuclear mesmo parada continua a emitir radiações ?
- em funcionamento normal, uma Central Nuclear emite poluentes radioactivos gasosos, líquidos e sólidos ?
- a poluição térmica que provoca é superior em cerca de 40% à de uma térmica convencional de potência equivalente ?
- o combustível nuclear depois de utilizado é altamente radioactivo e que permanece activo (radioactivo) durante dezenas de milhares de anos?
- que o plutónio produzido por uma (uma única) Central Nuclear é suficiente para fabricar algumas bombas atómicas de potência equivalente às utilizadas em Hiroshima e Nagasaki?
- que os resíduos do funcionamento duma Central Nuclear precisam ser guardados durante 50.000 a 100.000 anos?