sexta-feira, 24 de junho de 2011

Energias Renováveis: a iniquidade do sistema

A Futursolutions, sedeada em Alcobaça, investiu 3,75 milhões de euros na compra de quatro licenças que garantem o direito à construção de parques fotovoltaicos. O negócio foi realizado com a Direcção Geral de Energia e Geologia, que abriu um concurso público para a compra de 75 licenças por todo o País. A espera agora pelo apoio de investidores alemães, ingleses e norte-americanos para a conclusão do projecto.
Fonte: http://www.leiriaeconomica.com/item6770.htm
A DGEG recebeu cerca de 7,36 milhões de Euros em contrapartidas pela segunda adjudicação de licenciamento fotovoltaico. No conjunto das duas fases, o valor total de contrapartidas financeiras rondou os 93,9 milhões de euros, por 59 lotes atribuídos (118 MW).
E depois os detractores das energias renováveis clamam que estas saem caras ao Orçamento do Estado e em última análise aos contribuintes. Mas esquecem, propositadamente ou não, que o Estado se financia desta forma ao vender licenças para a produção de energias renováveis.
Vamos ser claros, falar a verdade em nome de uma transparência que muitos querem esconder.

Energia solar fotovoltaica é o futuro

Dentro de 10 anosa energia solar fotovoltaica poderá ser competitiva com a energia gerada a partir de combustíveis fósseis tradicionais.


A energia solar é o recurso energético mais abundante da Terra: chegam ao planeta  100 petawatts e esta consome  no seu conjunto 15 terawatts  (1 petawatt = 1.000 terawatts).

Existem, actualmente, alguns constrangimentos para tornar a energia solar fotovoltaica competitiva com outras fontes de energia. É preciso melhorar, em termos de eficiência, a capacidade de transformar a luz solar em energia eléctrica. Já existem tecnologias eficientes a custos muito elevados e tecnologias baratas pouco eficientes (caso da Central Solar de Moura).

Centros de investigação em todo o mundo (Alemanha, EUA e China, pasme-se!) competem de forma sadia para melhorar a  eficiência de transformar a luz solar em electricidade. E em Portugal? Além do grupo DST, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e da Escola de Engenharia da Universidade do Minho pouco mais se conhece de instituições a trabalhar nesta área de investigação.

Senhor 1.º Ministro, Dr. Passos Coelho, existem fundos comunitários para a investigação nesta área de negócio. Envide todos os esforços para ganhar mais fundos para as entidades portuguesas que fazem investigação nesta área. Atraia centros de investigação estrangeiros para celebrarem protocolos de cooperação com universidades portuguesas.

Os países do sul de Europa têm condições ímpares para produzir electricidade a partir da luz solar. Em vez de termos de adquirir a tecnologia produzida por outros porque não sermos nós a produzir e a exportar para o mundo inteiro a nossa própria tecnologia?

Energia solar fotovoltaica é o futuro. Vai dar-me razão dentro de 10 anos, Senhor 1.º Ministro.