quinta-feira, 17 de junho de 2010

Recusa da opção nuclear

O secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, reiterou hoje a posição do Governo de não considerar a energia nuclear para a estratégia do país, afirmando que "em 2020 mesmo com algumas centrais térmicas desactivadas não precisamos de inserir o nuclear".

"Penso que esta aposta que estamos a fazer dispensará o nuclear após 2020", disse Carlos Zorrinho na abertura do seminário "Mix energético", promovido pela Associação Portuguesa de Energia (APE) para debater em especial a energia nuclear.

Não é nada que já não tenha sido escrito neste blogue.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Centrais térmicas a carvão: fechem-nas, porra!

João Manso Neto, administrador da EDP, afirma que "as centrais (térmicas a carvão) têm de ser pagas por aquilo que garantem e não a preços de mercado".

Com a crescente produção de electricidade através de fontes renováveis, as centrais térmicas, nomeadamente as centrais térmicas a carvão, funcionam  como meros  centros produtores de  reserva de electricidade, isto é, servem   para manter a carga na rede na ausência de vento.

Reconhecem os responsáveis da EDP que, actualmente, com a potência instalada em energia eólica complementada com a energia eléctrica das barragens, muitas delas reversíveis, a tendência é para um funcionamento intermitente e cada vez menor das centrais térmicas a carvão (v.g. a Central  a Carvão de Sines de Janeiro a Abril deste ano produziu apenas 1/3 da produção eléctrica de 2009 - ver quadro ao lado direito).

Pergunta-se: e isso é mau? Não. Isso é uma bênção caída dos céus, melhor dizendo, caída dos ventos.

As centrais térmicas a carvão são altamente poluentes e com custos ambientais incomportáveis como pode ser testemunhado pelos agricultores e proprietários de terras junto das centrais a carvão do Pego e de Sines. Grandes extensões de floresta das zonas envolventes destas centrais estão mortas como se tivessem sido atacadas por uma praga. E o que é mais grave é a aparente apatia dos municípios envolvidos na pública denúncia deste desastre ambiental.

Existem outras alternativas, também elas, economicamente interessantes e menos poluentes: os ciclos combinados a gás.