quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nem sempre o que é demais é erro

Boutades do Senhor Engenheiro

«... Isto resulta, evidentemente, de já termos potência eólica instalada em excesso e de nada ter sido previsto técnica e regulamentarmente para a poder reduzir, sendo o país obrigado a pagá-la ao produtor à volta de 9 ç/kwh para a ter de deitar literalmente fora!» (Em 13 de Janeiro de 2010)

Como é, Senhor Engenheiro?
Umas vezes critica as eólicas por produzirem apenas 1/4 da sua  capacidade instalada (o que é mentira de acordo com os dados  disponibilizadois pela REN que certamente conhece) e outras vezes  lança um anátema contra as eólicas  por produzirem electricidade demais?
Quando é que produzir electricidade demais pode  ser ruinoso para o país?
E apela à regulmentação técnica ou administrativa para reduzir a potência eólica instalada ou a instalar da iniciativa dos  privados? Quer voltar à era do condicionamento industrial, é isso? Onde foi fácil aos Melos e aos Tenreiros crescerem?
Por acaso, já ouviu falar em mercado comum e  em livre circulação das pessoas, dos serviços, das mercadorias e dos capitais? Em que país vive Senhor Engenheiro?

Energias Renováveis em 2020

Inverdades do Senhor Engenheiro

«...  para alcançar a referida meta de 31% de origem renovável para todo o seu consumo energético, e extrapolando a proporção de 35% de electricidade para os 20% de toda a energia, Portugal terá de alcançar (em 2020) 55% de electricidade de origem renovável» 
« .... as renováveis actualmente existentes satisfarão 42.5% dele, os planeados 2200 MW de eólicas e hidroeléctricas associadas a construir adicionarão mais 9.5%, faltando ainda 3%» (Em 26/02/2010)

E não contabiliza os 1.500 MW do fotovoltaico (2.500 MW segundo a APREN)?
Onde foi desencantar os 2.200 MW das eólicas e hidroeléctricas associadas?

Segundo dados credíveis e incontestados da EDP (ver site), em 2020, a capacidade hidroeléctrica do país deverá rondar os 9.000 MW. A APREN aponta como possível uma capacidade fotovoltaica instalada, no final da próxima década, de 2.500 MW (1.500 MW segundo o Governo). E a eólica terá uma capacidade instalada de 8.500 MW.

O que perfaz 20.00 MW de capacidade instalada de energias  renováveis em 2020 (mais que duplicando a capacidade actual instalada de 8.005 MW). Ultrapassaremos, largamente, os 55% de electricidade de origem renovável com um crescimento moderado do consumo como se espera.

O fundamentalismo anti-renováveis do Senhor Engenheiro cegam-no.

Barragens reversíveis

Boutades dos Senhor Engenheiro
  1. «As barragens reversíveis são absurdos e gigantescos armazéns de energia».
  2. «Se as hidroeléctricas planeadas fossem só para aproveitar os recursos hídricos, o investimento associado, que terá de ser pago pelos consumidores, seria muito menor».
  • Adaptar um central hidroeléctrica de modo a permitir que esta produza mais energia com a mesma água  - com custos incomparavelmente mais baixos do que construir de raiz uma central hidroeléctrica para gerar o mesmo volume de energia  -  é um investimento absurdo?
  • Armazenar em barragens reversíveis a energia eólica e fotovoltaica gerada em horas de vazio para a vender, depois, nas horas de cheias a preços bem mais compensadores, é economicamente desastroso?
  • O Estado ao ter autorizado a reversibilidade das barragens (sem impactos ambientais significativos) de modo a aumentar a sua capacidade de geração eléctrica, recebendo como contrapartida pela autorização dada centenas de milhões de Euros, é um negócio ruinoso  e prejudicial aos consumidores?
Se mandasse, nomeava já o Senhor Engenheiro para administrador das três maiores eléctricas da Ibéria, pelos vistos,  com decisores incompetentes, responsáveis por investimentos absurdos e ruinosos para as empresas que comandam.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Reactores nucleares de 3.ª geração

Sabia que:
  1. O multimilionário Bill Gates e a Toshiba estão em conversações para a criação de um reactor nuclear de quarta geração (mais seguros, mais eficientes e com muito menos emissões de elementos radioactivos) a funcionar com combustível de urânio empobrecido?
  2. Os EUA  não constroem um novo reactor nuclear para produção de electricidade  há 30 anos?
O Bill Gates, que é um gajo inteligente, não acredita nos reactores nucleares de 3.ª geração. Mas deposita enormes esperanças e  dinheiro nos reactores nucleares de 4.ª geração.

Será que o país do Tio Sam pensa da mesma forma e, por isso, esteve tantos anos sem construir novos reactores nucleares à espera dos reactores de 4.ª geração?

E porque razão querem os nossos nuclearistas ser mais papistas que o papa, manifestando-se e batendo-se  com armas (estudos e artigos de jornais ) e bagagens (dinheiro, dinheiro e dinheiro) pelos reactores de 3.ª geração?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Deficit tarifário na energia nuclear

Foi dado à EDF (Electricidade de França) um prazo de 5 anos para conseguir verbas para o desmantelamento de 58 reactores de água pressurizada em fim de vida por serem tecnicamente obsoletos. O custo total  foi estimado em 17 mil milhões de Euros, em 2008. No final de 2009, a EDF tinha em carteira acções e títulos no valor de 11,4 mil milhões de Euros para o efeito. Terá, até 2016, de encontrar a parte da verba em falta.

Vale isto por dizer que a EDF não aprovisionou convenientemente os custos de  desmantelamento e de descontaminação das centrais nucleares em fim de  vida.

Será que a energia nuclear, com fama e  proveito de ser uma fonte de energia barata,  padece igualmente de  deficit tarifário? Será que este sobrecusto vai ser repercutido nos preços da electricidade a ser paga pelos consumidores? Será por isso que a energia de fonte  nuclear (francesa)  já deixou de ser competitiva face à energia eléctrica espanhola?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

D€S€SP€RO

Machadada final no projecto da Central Nuclear

Já não há espaço para a energia nuclear em Portugal. Deixem de sonhar, líricos.

A janela de oportunidade do nuclear fechou-se. Com o aumento exponencial  esperado de energia gerada a partir de fontes renováveis nos próximos anos, deixa de fazer sentido, em termos de racionalidade económica, construir uma central nuclear em Portugal, antes de 2020.

Só para perceberem o que está em jogo, em 2011, a Central Termoeléctrica de Sines, a carvão e tecnologicamente obsoleta, que funciona actualmente como estabilizador de carga na rede e central de reserva, irá operar de forma intermitente, prevendo-se grandes períodos de paragens ao longo do ano.

Os promotores de uma Central Nuclear para Portugal alimentavam a secreta esperança de esta vir a susbstituir a central a carvão de Sines. Com a notícia do quase encerramento da Termoeléctrica de Sines por se mostrar desnecessária, a partir de 2011, é a machadada final no sonho nuclear.

Percebendo isso, os promotores do nuclear  já  clamam pelo encerramento dos ciclos combinados cada vez mais a funcionar como meros estabilizadores de carga na rede eléctrica.

Mas como podem pedir o encerramento dos ciclos combinados se estas são centrais recentes, tecnologicamente bem apretrechadas, competitivas em termos  de  custos de geração eléctrica, flexíveis e com contratos de Produção em Regime Especial com tarifa de compra garantida ? E os contratos são para se cumprir  - Pacta Sunt Servanda.

Além de que os níveis calculados de emissão de gases com efeito de estufa,  em termos de ciclo de vida, colocam uma central nuclear numa situação pior que uma central a gás natural.

Querem um conselho? Não gastem o vosso latim com a  discussão da opção nuclear para Portugal.

domingo, 18 de abril de 2010

Abrindo o jogo

Para viabilizar uma central nuclear em Portugal
  1. «(....) mitigar o risco de mercado por meio da protecção estatal (era mais uma Produção em Regime Especial com tarifa de compra garantida) e (...) bloqueio doutras autorizações por escassez de capacidade da rede».
  2. «(....) temos consciência do custo elevado do aparelho de segurança que é preciso montar e manter para gerir as centrais. (...) Fará todo o sentido, se quisermos ter o nuclear em Portugal, integrarmos-nos num aparelho de segurança ibérico»..
((Luís Mira Amaral, Professor Catedrático Convidado do IST, em 22/02/ 2006),

Isto é, abrigar-se no chapéu do Estado, através da venda garantida da energia produzida (a preços financeiramente interessantes), arrumar as renováveis para um canto e a  segurança e monitorização da futura central nuclear feita por espanhóis. 

Tirando isso, tudo bem.

Riscos de exploração das centrais nucleares

MANIFESTO: a causa das coisas

«Os promotores da energia nuclear, como a ADN , persistem também na presunção de que o cidadão comum os irá apoiar após adequada difusão de “informação sobre factos técnica e cientificamente verificáveis” que mostrem as vantagens e a ausência de maiores riscos do que noutras formas de energia».
«Se assim é, por que motivo não convenceram já as Seguradoras a prescindir das garantias do Estado para cobrir ou limitar as indemnizações a pagar em caso de acidente nuclear?»

Delgado Domingos, Prof.Cat. I.S.T. (no Expresso de  10 de Abril de 2009)

A energia nuclear não é competitiva sem ajudas estatais

«Em termos económicos, a energia nuclear não é competitiva em nenhuma economia de mercado e depende inteiramente de subsídios estatais, directos ou indirectos, que se procuram justificar em nome de intangíveis interesses nacionais (habitualmente muito privados) ou da salvação da humanidade, como sucede com os alegados efeitos do CO2 no aquecimento global«.

(Delgado Domingos, Professor Catedrático do I.S.T. (no Expresso de 10 de Abril de 2009)

Afinal o grande argumento dos promotores do nuclear em Portugal já não é por a energia gerada a partir de um reactor nuclear ser mais competitiva mas por causa das alterações climáticas e do aquecimento global?

Será que li mal o MANIFESTO?

sábado, 17 de abril de 2010

Custos Ocultos da Energia Nuclear (2)

Além dos CUSTOS a suportar por todos nós na qualidade de contribuintes comunitários (o Orçamento da União Europeia é financiado pelas contribuições  dos Estado Membros), conforme foi escrito, aqui, ainda seremos obrigados a suportar outros CUSTOS associados se for por diante a  aventura nuclear, beneficiando uns poucos  em detrimento de quase todos.

CUSTOS A SUPORTAR PELOS CONTRIBUINTES  PORTUGUESES (que os promotores do nuclear  se recusam a pagar):

  1.  Os custos dos sistemas de segurança e dos sistemas de emergência: suportados pelo Estado e por instituições internacionais já que as seguradoras se recusam a segurar a 100% os riscos de exploração de  uma central nuclear. Mais de metade do seguro de risco pela  sua exploração é assegurado pelo Estado e pelas  instituições  internacionais e não pelas  seguradoras. Afinal, serão os riscos assim tão desprezíveis como querem fazer crer os  promotores do nuclear? 
  2. Custos de armazenamento/depósito  dos resíduos radioactivos (não existem cálculos já que, em boa verdade, não foram construídos  até hoje  depósitos para os mesmos). Os EUA, após terem gasto nove mil milhões de dólares, acabam de abandonar o projecto de depósito de resíduos de alta radioactividade no subsolo, em Yucca Mountain.  A Espanha, a Suíça, a Suécia e a Finlândia escolheram o subsolo  para depósito dos resíduos nucleares mas ainda se  encontram na fase de projecto.  O Canadá, o Reino Unido e a França ainda não fizeram a sua  opção sobre a melhor forma de depositar os resíduos das centrais nucleares. A pergunta que se coloca é a seguinte: Será que está correcto produzir resíduos adicionais, que seriam criados em resultado de um programa para construção de novas centrais nucleares, quando não existe uma solução de longo prazo para a gestão dos resíduos já existentes?” Quem vai suportar os custos da construção e manutenção dos depósitos nucleares?
  3. Custos do desmantelamento  e descontaminação das instalações das centrais nucleares no fim da sua vida útil.  Na Alemanha, o preço a ser pago para essa desactivação e isolamento de cada reactor nuclear está estimado em algo entre 7 e 14  mil milhões de Euros. Os custos de desmantelamento do parque nuclear do Reino Unido estão estimados em 100 mil milhões de Euros. 
  4. Formação, no estrangeiro, de uma equipa técnica altamente  especializada em diversos domínios,  para acompanhar os trabalhos de construção, manutenção e fiscalização de uma  central nuclear e o seu posterior enquadramento orgânico a nível de  uma nova Direcção-Geral com os custos inerentes. Este custo é tanto maior quanto menor for o país e quantas menos centrais nucleares forem instaladas. Esta questão foi, aliás, abordada por Paul Joskow do MIT que participou numa conferência em Lisboa e que concluiu não fazer sentido a instalação de um pequeno número de centrais nucleares em Portugal por este motivo (quanto mais para apenas 1 central nuclear). 
  5. Custos e constrangimentos técnicos, economicamente insustentáveis, em resultado da diminuta dimensão da rede eléctrica. Quanto menor capacidade possuir uma rede eléctrica mais  constrangimentos se irão colocar na sua  gestão  em resultado da entrada em funcionamento de  uma central nuclear. Nos ciclos  de maior produção das renováveis (hídrica, fotovoltaica e eólica) a preço marginal de mercado quase nulo, o que fazer? Desliga-se o botão da nuclear ou das renováveis? E se a nuclear for obrigada a estar parada uma boa parte do ano será que é rentável? Uma  das exigências que  os promotores fazem para a  instalação de uma  central nuclear é que a rede lhes assegure uma produção dedicada de 90% da sua capacidade instalada. Por essa razão, Israel, com uma potência instalada um pouco inferior à nossa, mas  que trata por tu a  tecnologia nuclear e que não precisa da ajuda de ninguém para construir uma central nuclear, desistiu da ideia de  construir reactores nucleares para a produção de  energia. A sua aposta é no solar fotovoltaico.
  6. Adaptação da rede eléctrica. Com a entrada em funcionamento de uma unidade, grande produtora de energia, e, no caso da central nuclear ficar situada longe dos centros de consumo, o que parece óbvio na medida em que  são centros de  grande aglomeração urbana, será necessário proceder a grandes obras na rede eléctrica para levar a energia até aos  consumidores finais.
  7. Estudos de/sobre os locais mais adequados à implantação da central nuclear mesmo aproveitando os estudos (onde já foi gasto muito dinheiro) já realizados.
  8. Consumo de água. Uma central nuclear terá de ser construída obrigatóriamente junto a um curso de água ou junto ao mar dado o consumo incomensurável de água para arrefecimento dos reactores. A Espanha chega a desligar os reactores no verão ou por falta de água ou porque a temperatura da água é tão elevada que não arrefece de modo satisfatório os  reactores.
  9. Impacto ambiental:  contrariamente ao que se anuncia,  a energia nuclear não é renovável nem verde: a produção de energia através de centrais nucleares emite  gases de efeito de estufa, responsáveis pelas alterações climáticas:  na construção da central, na exploração, no processamento e enriquecimento do urânio e no transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem. Os níveis calculados de emissão em termos de ciclo de vida colocam uma central nuclear numa situação pior que uma central a gás natural e 4 a 5 vezes mais que um parque eólico de idêntica dimensão. Consome  40 vezes mais água que uma central térmica equivalente.
  10. Riscos de fugas radioactivas no subsolo ou na atmosfera por efeito de um atentado terrorista ou de  um terramoto com consequências  imprevisíveis. O que não acontece com os parques eólicos. Já alguém imaginou um ataque terrorista a uma torre eólica?



    quarta-feira, 14 de abril de 2010

    O mundo deve estar louco

    Que Portugal era um país louco, governado por gente louca,  delapidadora de dinheiros públicos, com investimentos economicamente desastrosos em energias  inviáveis, já nós  sabíamos.

    Agora, que os países da  Ásia (no seu conjunto), que os países da Europa (no seu conjunto)  e que a América do Norte tenham adicionado às suas redes eléctricas, no ano de 2009,  um total de 37 GW de energia eólica, correspondente a 37 centrais nucleares de média potência, cometendo exactamente os mesmos erros que nós, isso não sabíamos.

    E, pior ainda.  A potência eólica  mundial poderá passar dos 158,5 GW, instalados no final de 2009, para 409 GW, em 2014, ultrapassando a capacidade nuclear instalada.  O mundo deve estar louco: não presta a mínima atenção aos avisos  dos arautos da desgraça e não aprende com os erros  do passado.

    O que faz rir no discurso  dos que defendem a opção nuclear é o facto de,  na sua opinião, o país precisar como de pão para a boca de uma grande  produtora  de energia barata . Mas depois gritam «aqui-d'el-rei» por as eólicas produzirem tanta energia nos dias de ventos fortes que provocam o back_up da rede eléctrica obrigando os ciclos combinados e o carvão a parar.

    Desde quando produzir energia a custo zero, através das eólicas, evitando a queima  de  gas ou de  carvão ou de outro combustível fóssil nas centrais convencionais, pode ser economicamente desastroso? Criminoso, isso sim, é não existirem formas de  aproveitar essa  energia. Mas elas vão surgir. Tarde.

    Custos Ocultos da Energia Nuclear

    CUSTOS A CARGO DOS CONTRIBUINTES COMUNITÁRIOS

    Orçamento Geral da União Europeia para  2010            
      (ajudas ao sector nuclear da União Europeia)

    Desmantelamento nuclear   ................     255.000.000,00 €
    Instrumento para a Cooperação no domínio da Segurança
     Nuclear (ICSN)  ........ .......................         70.452.882,00 €
    Instrumento de Estabilidade, do ICSN e do
    Instrumento Financeiro para a Protecção
    Civil   .................................................     305.000.000,00 €
    Energia Nuclear   ..............................  .    277.700.000,00 €
    Investigação: Euratom — Cisão nuclear e protecção contra
     radiações   ........................................  .     49.260.000,00 €
    Investigação: Euratom: Obrigações históricas resultantes das
    actividades nuclear esrealizadas pelo Centro Comum de
    Investigação no âmbito do Tratado
    Euratom   .............................................      32.600.000,00 €
    TOTAL     ...........................................     990.012.882,00 €

    Sétimo Programa-Quadro da Comunidade Europeia da Energia
    Atómica de actividades de investigação e formação em matéria
    nuclear (2007 a 2011)  .....................    6.341.000.000,00 €

    «No que respeita à actividade «Energia nuclear», as prioridades continuarão centradas no desenvolvimento sustentável (segurança das instalações nucleares e gestão segura e eficiente dos resíduos nucleares) e na protecção dos cidadãos (salvaguardas nucleares e protecção contra as radiações)».
    «O grande número de instalações nucleares existentes na União Europeia alargada e o renovado interesse pela opção nuclear em vários Estados-Membros implicam o reforço das inspecções,
    a manutenção da gestão dos fundos de desmantelamento [em parte geridos pelo Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD)] e a adaptação do enquadramento jurídico».
    «O quadro relativo às normas de protecção contra as radiações será actualizado e simplificado, devendo a aplicação do quadro regulamentar sobre segurança nuclear ter início em 2010, após a sua eventual adopção pelo Conselho. Os outros domínios de acção prendem-se com a cooperação com a Agência Internacional da Energia Atómica, o aprovisionamento em materiais nucleares e a aplicação dos acordos internacionais da Euratom».
    (extracto do Orçamento Geral da União Europeia)

    terça-feira, 13 de abril de 2010

    Carta Aberta ao Presidente da Comissão Europeia

    Senhor Presidente da Comissão Europeia
    Caro José Manuel Durão Barroso,

    Não sei se as vozes dos trolhas chegam ao Palácio de Berlaymont (edifício sede da Comissão Europeia) mas em todo o modo, imitando o gesto de uma tal Jennifer, desempregada, que escreveu ao Presidente Obama e recebeu deste uma resposta personalizada e com uma bonita caligrafia, estou a escrever-te esta carta aberta (pois é impossível fechar o post dentro de um envelope).

    Fomos colegas de escola. Convivemos. Pouco mas convivemos. Claro que tu sentavas-te nas filas da frente do amplo anfiteatro e eu  nas filas de trás. Por isso, eu sou trolha e tu Presidente da Comissão Europeia. Teias que a vida tece. Cada um é para o que nasce. Mas se és um homem realizado e feliz como Presidente da Comissão Europeia eu sou um homem realizado e feliz como trolha. VOILÁ!

    A razão porque estou a escrever-te é a seguinte: diz-se por aí, mas se for mentira tu desmente, que a Comissão Europeia dá mais apoios, via orçamento comunitário, ao sector nuclear do que às energias renováveis, nomeadamente à eólica e à solar fotovoltaica.

    Ora, o peso do nuclear na produção eléctrica está em franco declínio e as perspectivas futuras são no mesmo sentido (em 2008, a electricidade de fonte nuclear produzida no mundo era cerca de 16% do total e, em 2020, pensa-se que será inferior a 10% da produção mundial). Pelo contrário, o peso real das energias renováveis na produção total de electricidade tem vindo a aumentar de forma consistente nos últimos anos.

    Não me parece lógico, justo e economicamente sustentável  a utilização de  recursos de todos nós (cidadãos europeus)  para apoiar mais a electricidade com sinal  menos e  menos a electricidade com sinal  mais. Mas pior do que isso seria a Comissão Europeia  ligar-se à terra e ficar  neutra.

    OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER! SEMPRE.
    Um abraço, pá.

    Megarede europeia de energias renováveis

    Pesquisadores nos EUA chegaram a esta brilhante conclusão: para tornar menos instável e sujeita às flutuações constantes do vento uma rede eléctrica abastecida por eólicas nada melhor do que ligar os diversos parques eólicos numa GRANDE REDE. Será que por cá já não sabíamos todos isso?

    Neste caso, o tamanho importa e faz toda a diferença já que dessa forma resolve-se o problema da falta de vento numas zonas com a ocorrência de ventos fortes noutras zonas. Para distâncias superiores a 1.000 km, por exemplo, nalgum ponto da rede sopraria vento suficiente para fornecer carga à rede.

    Vem isto a propósito da notícia vinda hoje a público de que a Fundação Europeia para o Clima, sedeada em Bruxelas, vai entregar na Comissão Europeia um Relatório reafirmando o papel da Espanha como principal produtor de energia solar fotovoltaica, servindo ao mesmo tempo como território de trânsito para a produção de energia fotovoltaica produzida no norte da África com destino à Europa.

    À França, por sua vez, caberia o papel de grande produtora de energia eólica da EU. Devido à sua localização geográfica central seria o elo de ligação das redes espanhola e inglesa para o resto do continente europeu.

    Independentemente do mérito do estudo, não deixa de ser caricato ter o mesmo focado as potencialidades de Espanha para a produção de energia solar fotovoltaica e esquecer Portugal com as mesmíssimas condições  que a Espanha, salvaguardadas as dimensões dos dois países, está claro. E, por outro lado, não fazer qualquer referência ao facto de a Espanha ser, actualmente, o 4.º maior produtor de energia eólica do mundo só superada pelos EUA, China e Alemanha e que está longe de ter esgotado a sua capacidade de gerar energia eólica, nomeadamente, através de plataformas flutuantes offshore ao longo da costa atlântica e da costa brava.

    O estudo dá grande relevância, como não podia deixar de ser, às conexões existentes e a serem criadas entre as redes francesa e espanhola que poderão chegar a 47 GW em 2050. Não deixa, contudo, de ser aberrante que, actualmente, a capacidade de interligação entre Portugal e Espanha (1.500 MW) seja superior à capacidade de interligação existente entre a França e Espanha (1.000 MW).

    segunda-feira, 12 de abril de 2010

    A Energia Nuclear é barata?

    O caso brasileiro
    Já foram gastos no programa nuclear brasileiro, até hoje, mais de 40.000 milhões de dólares. E quais os resultados palpáveis para a economia do Brasil e bem-estar dos brasileiros deste gasto colossal de dinheiros públicos?

    Após 40 anos de hesitações e muitas discussões, construíram-se duas centrais nucleares (Angra 1 com potência instalada de 657 MW e Angra 2 com potência instalada de 1.300 MW) que produzem o equivalente a 2% da electricidade consumida no Brasil. Está prevista, para breve, a entrada em funcionamento de uma nova central nuclear – Angra 3 com capacidade instalada de 1.000 MW - que irá produzir o equivalente a 1% do consumo total de energia do país.

    O dinheiro já gasto em Angra 3, parada desde 1986 e cuja construção foi retomada em 2008, investido em parques eólicos, dava para instalar mais do dobro de potência eléctrica , em 1/3 do tempo (2 anos), sem a produção de resíduos altamente radioactivos, sem riscos de acidentes ambientais graves e criando-se 32 vezes mais empregos.

    Entretanto, ¾ do potencial de energia hídrica do Brasil está por explorar, apesar do país se poder vangloriar, e com razão, nos areópagos mundiais, como o faz Lula da Silva, de ser de origem renovável (hídrica) 85% da electricidade produzida.

    Pergunta-se: porque razão entrou, e se atolou, o Brasil na aventura nuclear? Os militares têm a resposta.
    Em 1985, 1/3 da dívida externa do país derivava do programa nuclear brasileiro.

    Custo de Angra 3:
    7,2 mil milhões de Reais segundo a Electrobras (e sem se contabilizarem os custos ocultos, suportados pelo Estado, de que falaremos noutro post). Fontes independentes falam em 9,5 mil milhões de Reais a que acresce 1,5 mil milhões de Reais já gastos, até agora, e não contabilizados.

    A dupla Eletronuclear/Eletrobrás publicita com grande alarde uma tarifa de R$ 138/MWh para a energia que irá ser produzida em Angra 3.

    Ora, no último leilão brasileiro para a instalação de parques eólicos, realizado em Dezembro de 2009, foi negociada uma tarifa média de R$ 148/MW (cerca de 60 Euros)  para e electricidade produzida nesses parques e vendida à rede eléctrica.

    Apesar de, como disse a principal responsável da EDP Renováveis, o custo da energia eólica no Brasil, devido aos altos impostos a que está sujeita a importação do equipamento (que não existe no país) e outros custos relativos a licenciamentos, ser superior à média mundial em 40%.
    Palavras para quê?

    sexta-feira, 9 de abril de 2010

    A energia eólica no mundo

    O top ten dos países com maior capacidade instalada em energia eólica era encabeçado pelos EUA e pela China: a superpotência dominante e a superpotência emergente. Portugal ocupa um honroso 9.º lugar o que deixa cheio de orgulho quem pensa que o mundo do futuro  será renovável, com dirigentes renovadores e  com ideias  renovadas.

    No top ten surgem países altamente industrializados (EUA, Alemanha, Espanha, Itália, França e Dinamarca),  potências emergentes como a China e  a Índia e  as maiores potências mundiais no domínio da tecnologia nuclear (EUA, Alemanha e França).

    Estes países deram uma grande  contribuição para que a energia eólica tenha crescido em 2009, em capacidade instalada, 31,7% em relação a 2008. Alcançando a cifra de 159, 213 gigawats de produção de  energia (2% do consumo mundial de electricidade),  tendo movimentado 70 mil milhões de USD e criado 550.000 postos de  trabalho. Em 2012, prevê-se  que sejam criados 1 milhão de  postos de trabalho à conta dos investimentos feitos em energia eólica.

    A pergunta que se impõe é a seguinte: se o custo da energia eólica é tão alto, se os custos elevados da sua produção serão mais tarde ou mais cedo repercutidos nos consumidores (famílias e empresas) com implicações óbvias no nível de vida e na competitividade dos mesmos,  porque razão os países  mais  industrializados e competitivos  do mundo apostam tanto em energias renováveis, nomeadamente na energia eólica?

    Porque razão os países  que tratam por tu  a construção  e  montagem de centrais nucleares para a produção de electricidade, mais barata no entender de algumas baratas tontas desempregradas e ociosas cá do burgo, apostam tanto na energia  eólica em vez de construírem mais uma centralzita nos arrabaldes de uma  qualquer  cidadezinha  do interior? Sim, porque as centrais nucleares são todas superseguras mas o seguro morreu de  velho. E eles, os promotores e mentores do nuclear, que habitam todos na capital do reino, também querem morrer velhos (e por isso são construídas a uma boa distância de  segurança  da capital).

    Estarão  todos estes países  loucos?

    quinta-feira, 8 de abril de 2010

    Mira Amaral e o toucinho de Maomé

    Escrevi no passado dia 31 de Março que não acreditava na genuina preocupação do Engenheiro Mira Amaral  com o preço elevado da energia eléctrica, em seu entender, por força dos elevados investimentos em renováveis.

    Li, hoje, no Jornal Público que Mira Amaral e Carlos Alegria apresentaram um parque eólico offshore com tecnologia de pilares flutuantes, de grande dimensão, em frente a Aveiro, ao então ministro da economia, Manuel Pinho.
    Manuel Pinho "achou a ideia interessante, mas nunca avançou com nada", queixou-se Mira Amaral,

    Manuel Pinho justifica que a tarifa do projecto "era um desastre, caríssima", apresentando como segunda razão tratar-se de uma "tecnologia que não estava experimentada".

    Fiquei abismado ao verificar que os comentadores do Público disseram de Mira Amaral aquilo que Maomé não disse do toucinho.

    quarta-feira, 7 de abril de 2010

    MANIFESTO CONTRA O MANIFESTO

    Não à opção nuclear.
    A água é nossa. O urânio enriquecido não.

    Não à opção nuclear.
    O vento é nosso. O plutónio não

    Não à opção nuclear.
    A biomassa é nossa. A construção de centrais nucleares não.

    Não à opção nuclear.
    O sol é nosso. O equipamento nuclear não.

    Não à opção nuclear.
    As ondas são nossas. A manutenção de centrais nucleares não.

    Não à opção nuclear.
    A geotermia é nossa. Os técnicos e a tecnolologia nuclear não.

    .

    terça-feira, 6 de abril de 2010

    Energias Renováveis em 2020

    No final de 2009, existiam 3 357 MW de capacidade eólica instalada em Portugal. No final da próxima década, a eólica poderá atingir os 8.500 MW de capacidade instalada.

    Em 2020, a capacidade hidroeléctrica do país deverá rondar os 9.000 MW, produzindo (ano médio) 13,3 TWh/ano de produção líquida de bombagem

    Aponta-se como possível uma capacidade fotovoltaica instalada, no final da próxima década, de 2.500 MW.

    No total, as energias renováveis terão, em 2020, uma capacidade total instalada aproximada de 20.000 MW.

    Actualmente, a capacidade instalada (eólica, hídrica e fotovoltaica) totaliza 8. 005 MW o que vale por dizer que irá mais do que duplicar até 2020. O consumo de electricidade terá, no mesmo período, um aumento cerca de 23% (a considerar um aumento anual de consumo de 2%).

    Dados: REN e EDP

    segunda-feira, 5 de abril de 2010

    Aumento da potência & Aumento da produção

    Sobre a sua indignaçã0 e acérrima oposição aos seis reforços de potência das centrais hidroeléctricas no âmbito do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico.

    Diz o Senhor Engenheiro:
    «Um reforço de potência não aumenta a energia hídrica de um rio».

    Explicitando melhor:"Reforçar a potência" é aumentar a capacidade de turbinar a água, é pôr turbinas mais largas ou pôr mais turbinas, mas isso não aumenta a quantidade dessa mesma água e, portanto, não aumenta a energia que há nas albufeiras. Por conseguinte, um reforço de potência só aumenta a velocidade, a taxa a que se consegue turbinar a água, mas não a quantidade existente dessa água.

    Sabe, por acaso, o Senhor Engenheiro que desde Novembro de 2009 até ao início de Abril de 2010 as comportas da barragem Crestuma/Lever estiveram quase ininterruptamente abertas e que, se em vez de 3 grupos de potência nominal (MW) 3x79,50 tivesse 6 grupos com a mesma potência nominal, teria produzido o dobro de electricidade nesse período de tempo?

    E produzir mais pelo aumento da potência, embora em menos tempo, pode fazer toda a diferença.

    Em todo o modo, as afirmações do Senhor Engenheiro, professor no IST, laboram em erro grosseiro na medida em que esquecem, propositadamente ou não, um dos factores de que depende a potência e a produção de energia de uma central hidroeléctrica: a altura, isto é, a queda útil do empreendimento. Já que a potência e a produção de energia de uma central hidroeléctrica dependem dos caudais ocorridos e da queda útil do empreendimento.

    Ora, se as intervenções previstas para o reforço da potência das centrais hidroeléctricas ampliarem a queda útil do empreendimento, obter-se-á não só um aumento de potência como ainda uma aumento da produção de energia.

    Não será, assim, Senhor Engenheiro?

    Exceder o razoável


    Diz o Senhor Engenheiro:
    «A solução economicamente racional para compatibilizar as fontes intermitentes de energia eólica e solar com o consumo é só ter delas uma quantidade limitada».
    E conclui dizendo:
    «Não exceder o razoável que permita este funcionamento complementar é não ter mais que para aí uns 10%, 15% no máximo, do total de energia de origem eólica e solar!»

    Devemos ser um país deveras singular. Nos primeiros dois meses do ano (2010), a energia do vento foi responsável por mais de 21% do consumo de electricidade em Portugal.

    Sem apagões, explosões ou outras complicações.

    Nuclear? Não, obrigado (2)

    Sabia que:

    - uma Central Nuclear mesmo parada continua a emitir radiações ?
    - em funcionamento normal, uma Central Nuclear emite poluentes radioactivos gasosos, líquidos e sólidos ?
    - a poluição térmica que provoca é superior em cerca de 40% à de uma térmica convencional de potência equivalente ?
    - o combustível nuclear depois de utilizado é altamente radioactivo e que permanece activo (radioactivo) durante dezenas de milhares de anos?
    - que o plutónio produzido por uma (uma única) Central Nuclear é suficiente para fabricar algumas bombas atómicas de potência equivalente às utilizadas em Hiroshima e Nagasaki?
    - que os resíduos do funcionamento duma Central Nuclear precisam ser guardados durante 50.000 a 100.000 anos?

    Nuclear? Não, obrigado

    Os dados da REN (Redes Energéticas Nacionais) até Fevereiro mostram que cerca de 72% da energia consumida em Portugal Continental veio de fontes renováveis.

    Nos primeiros dois meses do ano, a energia do vento foi responsável por mais de 21% da procura de electricidade em Portugal.

    Nos primeiros dois meses deste ano, as grandes barragens asseguraram o fornecimento de 43,4% da electricidade consumida em Portugal.

    O crescimento na geração hidroeléctrica acontece numa fase em que ainda não estão em operação as novas centrais. Está em marcha seis reforços de potência e a construção de 10 novas centrais hidroeléctricas, num investimento global que ultrapassa os 4,5 mil milhões de euros

    As exportações de energia sobem de forma exponencial. As importações diminuem.

    Nesta conjuntura quem ousa promover a opção nuclear para Portugal? Será que os 33 moscateiros estão a pensar rebentar com as barragens construídas (e com as contratualizadas) ou arrasar os parques eólicos?

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    domingo, 4 de abril de 2010

    O solar fotovoltaico é caro?

    Espera-nos um futuro radioso (da radiação solar)

    Um recado ao porta-voz do loby nuclear

    A gigante informática norte-americana IBM está a desenvolver uma tecnologia solar (solar fotovoltaico) cujo custo por Watt poderá ser comparado com o preço das fontes convencionais, como o carvão e o gás natural, revelou à Agência Financeira o cientista do projecto.

    «Esta nova célula solar tem potencial para competir com as fontes convencionais, sobretudo porque os materiais utilizados existem em grande abundância na superfície da terra», afirmou David Mitzi, que sublinha ser este o desafio de qualquer investigador de renováveis.

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    sábado, 3 de abril de 2010

    DESONESTIDADE INTELECTUAL



    «E, não obstante os enormes subsídios entretanto concedidos aos investimentos nas "novas energias renováveis", o total conjunto da rubrica "Eólica, Geotérmica e Fotovoltaica" em 2008 representou apenas 2,11 % do consumo total de energia primária em Portugal, tendo-se mantido a dependência energética em redor de 83 % ao longo dos últimos dez anos» (do Manifesto de 33 conhecidas PERSONALIDADES da vida económica, empresarial e académica portuguesa).

    As auto-intituladas PERSONALIDADES baseiam os seus argumentos em dados desactualizados, alegando que são os únicos disponíveis e credíveis.

    Por cada 100 Watt de electricidade consumidos em 2009, 15,03 Watt vieram do vento, um valor que eleva o país do terceiro para o segundo lugar mundial no contributo de energia eólica, atrás da Dinamarca e à frente da Espanha.








    A eólica gerou, em 2008, 11% e, em  2009, 15% do consumo total de electricidade.

    A maior parte da electricidade gerada nos dois primeiros meses do ano de 2010 (e também praticamente durante todo o mês de Março, para o qual ainda não há dados definitivos), teve origem em fontes renováveis com predominância da hídrica e da eólica (dados da REN)

    AS 33 AUTO-INTITULADAS PERSONALIDADES VALEM ZERO DE CREDIBILIDADE

    sexta-feira, 2 de abril de 2010

    Monos para as repúblicas de bananas?

    Ainda a propósito do Manifesto dos 33 Moscateiros

    Andam a querer impingir-nos centrais nucleares obsoletas e altamente poluentes (sim, porque geram resíduos radioactivos que depois ninguém sabe o que fazer deles) quando no horizonte se perfilham novas centrais nucleares de energia limpa: as centrais nucleares de 4.ª geração, mais seguras, mais eficientes e com muito menos emissões de elementos radioactivos.

    E continua a investir-se massivamente em  CENTRAIS DE FUSÃO NUCLEAR, sonho de há muito perseguido pelo homem de recriar na terra as estrelas  dos céu, e que não originarão os mesmos problemas das actuais centrais baseadas na cisão nuclear, pois:
    1. não utilizarão combustíveis radioactivos já que a sua matéria-prima é basicamente hidrogénio;
    2. os produtos das reacções nucleares serão átomos de hélio, um gás inofensivo, ao contrário dos resíduos radioactivos produzidos nas centrais nucleares convencionais;
    3. a matéria-prima é abundante na Terra (basta pensar que cada molécula de água contém dois átomos de hidrogénio);
    4. em caso de acidente na central não se colocarão os problemas ambientais associados às actuais instalações nucleares.
    Andará o lobby nuclear a despachar monos tecnicamente obsoletos para as repúblicas de bananas?

    quinta-feira, 1 de abril de 2010

    Petróleo

    O petróleo é uma matéria prima prodigiosa com múltiplicas aplicações.
    A pior coisa que se pode fazer com ele é queimá-lo.

    Pois bem, quase todo o petróleo extraído no mundo é queimado: em motores de explosão/diesel ou em queimadores de caldeiras.

    Até quando vamos assistir, coniventes, a este crime?