quarta-feira, 31 de março de 2010

D€S€SP€RO


Ex-ministros atacam aposta de Sócrates nas energias renováveis (querem discutir nuclear e vão pedir audiências ao Governo e ao Presidente da República)

Pode ser uma mera questão de fé. Mas alguém acredita na genuína preocupação de Miras Amarais, Pintos de Sá e outros que tais com o preço ao consumidor final da electricidade «et à cause de ça» na competitividade da nossa economia? Eu não acredito.

Um alto responsável ligado ao nuclear afirmou, recentemente: o retorno (leia-se lucros chorudos) para os promotores de uma central nuclear é tão grande que dá para comprar um 1.º Ministro.

Ora, se dá para comprar um 1.º Ministro no activo não dá para comprar meia dúzia de ex-ministros no inactivo?

O desespero destes senhores é compreensível. Pelo rumo que as coisas estão a seguir, dentro de meia dúzia de anos, com o crescimento exponencial previsível das energias renováveis (a termo solar e a fotovoltaica estão a dar os 1.ºs passos apesar do enoooooooooooorrrrrrrme potencial) já não se coloca a questão de saber se é ou não politicamente correcta a opção nuclear. Nessa altura, dado o previsível excesso quer da capacidade instalada quer da quantidade de energia eléctrica produzida, vai discutir-se, isso sim, a forma mais inteligente de optimizar os vários centros produtores através das designadas redes inteligentes.

A opção nuclear vai ser abolida das agendas políticas (mesmo destes políticos faz-de-conta que nos desgovernam).

Dêem condições concorrenciais aos vários players e promotores de energias renováveis que o custo da electricidade gerada a partir de fontes renováveis vai ser concorrencial com as outras fontes de energia.